...mas não dos sargentos. Se houver recurso hierárquico, quer que fique clara responsabilidade dos graduados, apurou o Expresso. Um dos sargentos envolvidos terá ido protestar de pijama com os oficiais na ponte do navio, sobre as condições de segurança do “Mondego”.
Quando se dirigiu à guarnição do navio “Mondego” na semana passada, o almirante Gouveia e Melo disse que “a Marinha não pode esquecer, ignorar, ou perdoar atos de indisciplina”, o que, aliás, é obrigatório, segundo o Regulamento de Disciplina Militar (RDM), explica um especialista em direito castrense. Mas o chefe do Estado-Maior da Armada (CEMA), apurou o Expresso, pondera a hipótese de desagravar as penas das nove praças envolvidas — que serão aplicadas pelo comandante naval no processo disciplinar — para sublinhar que a responsabilidade é, antes de mais, dos quatro graduados, ou seja, dos sargentos que estiveram envolvidos no motim, e que se recusaram a embarcar no dia 11 de março para uma missão de seguimento de um navio russo. O chefe do ramo é o último recurso hierárquico antes dos tribunais e pode alterar as punições decididas no processo disciplinar.
Do ponto de vista militar, quanto mais graduado e mais antigo for um efetivo, maior responsabilidade tem nas questões de disciplina. E Gouveia e Melo pode querer sublinhar isso no caso de as punições dos sargentos serem muito equivalentes à das praças, que estão na base da hierarquia. Um dos sargentos envolvidos ter-se-á dirigido à ponte de comando do navio em pijama — segundo relatos feitos ao Expresso — para protestar com os oficiais sobre as condições de segurança do “Mondego” (um dos dois motores estava inoperacional, um dos geradores não funcionava e havia água com óleo no porão, entre outras avarias).
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2023-03-24T07:47:15Z dg43tfdfdgfd