As palavras de Podolyak fazem eco das declarações das autoridades ucranianas, que acusaram o chefe de Estado russo de visitar Mariupol, no leste do país, durante a noite para ocultar a realidade de uma cidade totalmente destruída pelo seu exército e para evitar "olhares curiosos".
O conselheiro presidencial ucraniano, Mykhailo Podolyak, apontou que a visita do presidente russo, Vladimir Putin, a Mariupol representa o seu “cinismo e falta de arrependimento” no que diz respeito às vidas perdidas no conflito com a Ucrânia, atirando, por isso, que “o criminoso volta sempre à cena do crime”.
“O criminoso volta sempre à cena do crime. Enquanto o mundo civilizado anuncia a prisão do ‘diretor de guerra’ (Putin) caso cruze as suas fronteiras, o assassino de milhares de famílias de Mariupol veio admirar as ruínas da cidade e os seus túmulos. Cinismo e falta de arrependimento”, escreveu o responsável, na rede social Twitter.
As suas palavras fazem eco das declarações das autoridades ucranianas, que acusaram o chefe de Estado russo de visitar Mariupol, no leste do país, durante a noite para ocultar a realidade de uma cidade totalmente destruída pelo seu exército e para evitar "olhares curiosos".
Esta visita, que o Kremlin classificou "de trabalho", foi, aparentemente, decidida de forma espontânea, depois da sua visita no sábado à Crimeia, coincidindo com o aniversário de anexação daquela península, em 2014.
Putin chegou de helicóptero naquela que foi a sua primeira viagem ao Donbass, tendo sido visto a conduzir um carro, percorrendo vários bairros da cidade, acompanhado pelo vice-primeiro-ministro, Marat Jusnulin.
As imagens mostram também Putin a visitar unidades habitacionais recentemente construídas, com um parque infantil no centro, e a falar com um grupo de cidadãos, aparentemente residentes locais.
Lançada a 24 de fevereiro, a ofensiva militar russa na Ucrânia já provocou a fuga de mais de 14 milhões de pessoas, segundo os dados mais recentes da Organização das Nações Unidas (ONU), que classifica esta crise de refugiados como a pior na Europa desde a Segunda Guerra Mundial (1939-1945).
A entidade confirmou ainda que já morreram mais de 8.231 civis desde o início da guerra e 13.734 ficaram feridos, sublinhando, contudo, que estes números estão muito aquém dos reais.
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