EUA DIZ QUE RúSSIA SE PREPARA PARA PRODUZIR NO PAíS 'DRONES' IRANIANOS

O Conselho de segurança dos Estados Unidos indicou hoje que o Irão está a colaborar na construção de instalações para fabricar 'drones' na Rússia, que podem começar a funcionar em pleno no início de 2024.

"A Rússia está a receber material do Irão para construir uma fábrica de 'drones' e que poderá estar plenamente operacional no início do próximo ano", advertiu John Kirby, porta-voz do Conselho.

"A parceria militar entre a Rússia e o Irão parece aprofundar-se", acrescentou, ao indicar possuir informações dos serviços secretos norte-americanos.

Hoje, a Casa Branca emitiu uma nota informativa dirigida a governos e empresas estrangeiras, para que consigam "compreender melhor os riscos" do programa de 'drones' iranianos e evitar uma eventual contribuição "por inadvertência".

O Governo norte-americano difundiu uma imagem satélite, fornecida pelos serviços de informações, do local previsto para as instalações, situado na zona económica especial de Yelabuga, cerca de 900 quilómetros a leste de Moscovo.

Os Estados Unidos acham que até maio passado a Rússia recebeu "centenas" de 'drones' de ataque iranianos, que terão sido recentemente utilizados para "atacar Kiev e aterrorizar a população ucraniana", indicou ainda John Kirby.

O porta-voz assegurou que a administração do Presidente Joe Biden está "preparada para fazer mais" para "denunciar e perturbar" esta cooperação nos 'drones'.

Kirby admitiu a imposição de novas sanções, e considerou que a parceria militar entre Moscovo e Teerão "segue nos dois sentidos", ao assegurar que o Irão procura obter equipamentos militares russos "por vários milhares de dólares".

Teerão tem considerado "sem fundamento" as acusações norte-americanas de fornecimento de armamento à Rússia, ao afirmar que não é parte envolvia no conflito ucraniano.

A guerra relançou as discussões entre Moscovo e Teerão, que pretendem romper o seu crescente isolamento. Os dois países anunciaram recentemente a construção de uma ligação ferroviária destinada a contornar as tradicionais vias marítimas e as sanções internacionais.

O conflito armado na Ucrânia, iniciado com a invasão russa em 24 de fevereiro de 2022, mergulhou a Europa naquela que é considerada como a crise de segurança mais grave desde a Segunda Guerra Mundial (1939-1945).

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